Conheça os maiores vencedores dos 100 metros no atletismo
O atletismo é indiscutivelmente a essência dos esportes olímpicos, e entre suas modalidades, os 100 metros rasos ocupam um lugar especial na principal disputa atlética do mundo, o Jogos Olímpicos. Essa prova, marcada pela explosão de velocidade e precisão técnica, coroou alguns dos maiores nomes da história do esporte. Vamos conhecer os maiores vencedores dessa modalidade, suas histórias e curiosidades sobre a corrida mais eletrizante do atletismo.
O início da jornada: a primeira prova olímpica de 100m
Os 100 metros foram introduzidos como uma prova olímpica masculina na primeira edição dos Jogos Modernos, em 1896, em Atenas. Thomas Burke, dos Estados Unidos, tornou-se o primeiro campeão olímpico ao vencer com um tempo de 12 segundos.
Curiosamente, Burke usou uma técnica inovadora para a época: ele largava em uma posição agachada, algo que se tornaria padrão na prova. A modalidade feminina foi introduzida apenas em 1928, nos Jogos de Amsterdã, e foi vencida pela canadense Betty Robinson, que registrou 12,2 segundos.
A maior vencedora da prova de 100m feminino
Entre as mulheres, a jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce é amplamente considerada uma das maiores vencedoras da história dos 100 metros. Com dois ouros olímpicos (2008 e 2012) e cinco títulos mundiais (2009, 2013, 2015, 2019 e 2022), ela construiu um legado incomparável. Conhecida como “Pocket Rocket” devido à sua estatura baixa e explosão muscular, Shelly-Ann redefiniu o padrão de excelência feminina na prova.
Sua consistência e longevidade impressionam, mantendo-a competitiva em nível mundial por mais de uma década.
O rei da velocidade: Usain Bolt
No universo masculino, o jamaicano Usain Bolt é sinônimo de supremacia nos 100 metros. Com recordes mundiais e olímpicos, Bolt venceu o ouro em três edições consecutivas dos Jogos Olímpicos (2008, 2012 e 2016), um feito sem precedentes. Seu recorde mundial de 9,58 segundos, estabelecido em 2009 no Campeonato Mundial de Berlim, permanece imbatível até hoje.
Mais do que vitórias, Bolt trouxe um carisma singular à pista, transformando cada prova em um espetáculo e solidificando-se como um ícone global. Bolt disse depois de sua primeira medalha de ouro em 2008 que “Eu treinei por 4 anos para correr por 10 segundos, e as pessoas desistem quando não veem resultados em 3 meses“.
Curiosidade: o vento e a influência no desempenho
Uma curiosidade interessante sobre os 100 metros é o papel do vento. Para que um recorde seja homologado, a velocidade do vento a favor não pode exceder 2 metros por segundo. Isso garante que os tempos registrados sejam resultados da capacidade do atleta, não de uma vantagem externa significativa.
Ao longo da história, vários tempos impressionantes foram descartados por causa do excesso de vento, como o 9,78 segundos do americano Tyson Gay em 2010, realizado com vento de 2,5 m/s.
Outros nomes que marcaram a história dos 100m
Além de Bolt e Fraser-Pryce, outros atletas deixaram suas marcas nos 100 metros. Carl Lewis, dos Estados Unidos, dominou a prova nos anos 80, conquistando dois ouros olímpicos (1984 e 1988, este último após a desclassificação de Ben Johnson por doping).
Entre as mulheres, Florence Griffith-Joyner, também americana, ainda detém o recorde mundial feminino de 10,49 segundos, estabelecido em 1988, mas seu reinado foi curto, devido à sua aposentadoria precoce.
A evolução tecnológica na busca pela perfeição
Ao longo dos anos, o avanço da tecnologia também influenciou os resultados nos 100 metros. As pistas modernas, feitas com materiais que maximizam o impulso e minimizam o impacto, e os calçados ultraleves projetados para otimizar o desempenho são fatores que contribuíram para a queda nos tempos. Além disso, o uso de blocos de largada equipados com sensores trouxe mais precisão às largadas, eliminando margens de erro.
O fascínio eterno dos 100 metros
Mais do que uma simples corrida, os 100 metros são uma vitrine do atletismo. A expectativa antes do tiro de largada, a explosão de energia ao longo da reta e a emoção da linha de chegada fazem dessa prova um espetáculo único. É uma disputa que testa os limites humanos e celebra a velocidade como arte. Seja na pista ou no imaginário popular, os 100 metros continuam a inspirar gerações.